quarta-feira, 21 de março de 2012

Aprender a cozinhar

Tal como se depreende pelo título, eu não sei cozinhar. Sei fazer arroz, massa ou batatas, grelhar bifes e mais duas ou três coisas que me chegam perfeitamente para me desenrascar e alimentar, mas é tudo o que sei. Tudo o que ultrapasse isto é para mim uma incógnita.
Nunca aprendi a cozinhar, porque nunca tive de facto muito interesse e das poucas vezes que me aventurei a fazê-lo, não gostei nada e assim fui deixando passar a coisa. A necessidade nunca me obrigou a tal, porque vivo em casa dos meus pais e quando, à três anos atrás, fui para o Brasil de intercâmbio pensei que era a oportunidade ideal para aprender, já que me ia ver obrigada a fazê-lo, pois não ia ter a comidinha da mamã. E acreditem ou não, depois de cinco meses no Brasil voltei sem saber cozinhar nem um pratinho a mais! Almoçava na cantina da faculdade e praticamente desde o dia em que lá cheguei jantava quase sempre com os rapazes do andar de baixo da minha residência, além de que jantar fora lá era baratíssimo e cozinhar só para mim uma seca! Portanto, os planos saíram-me furados e até hoje continuo com esta lacuna na minha autonomia.
Desde à algum tempo, porém, que tenho vindo a esforçar-me por estar a atenta ao que a minha mãe cozinha e a tentar fazer também. Tenho um namorado que não só gosta como sabe cozinhar lindamente e como tal, o desejo de lhe oferecer também uma refeição confeccionada por mim tem sido um incentivo.
Confesso que não gosto nada, o que talvez seja defeito meu, que quando não sei fazer alguma coisa ou tenho dificuldades, tenho a tendência a desistir e não gostar, mas de facto não me é natural e não tenho nenhum instinto ou conhecimento de background de como se prepara e cozinha o que quer que seja. Tenho tanto à vontade em cozinhar como tenho em falar chinês, ou seja, não consigo descortinar nada do que se passa e a minha mente entra em algo semelhante a um blackout. Além disso, existe a pressão dos timings que para mim afasta completamente esta actividade de algo relaxante e prazeiroso. Ainda assim, com muito esforço, lá aprendi a fazer uns pratos simples e rápidos. Andava a preparar-me para a artilharia mais pesada, como uns assados ou pratos com bacalhau (isto para mim é do mais difícil que há), quando a minha mãe decidiu experimentar a Bimby!!! Aquilo é maravilhoso. E rápido. E parece-me ser simples, é só seguir a receita e mandar a Bimby fazer e eu acho que isto consigo!!!
Tenho plena noção que não vou aprender a cozinhar, que aquilo constitui um facilitismo para quem já o sabe fazer e assim poupa tempo e trabalho, mas pelo menos vai ajudar a alimentar-me e, em caso disso, ao meu homem e a amigos, com relativo e garantido sucesso e tenho esperança que me dê as bases para depois me aventurar com os tachos e panelas. Portanto, façam figas, Sábado chega a Bimby e com ela talvez a minha autonomia na cozinha! Yeaahhh!

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