Os grafitti na minha cidade são assim! - parte II

Cecilia Giménez passou pela minha cidade e restaurou Mona Lisa em decadência.
Numa versão mais chorosa e ranhosa do que o seu fresco original (aquilo é um fio de baba? Não se arranjavam mais fluídos corporais a serem incluídos?), denota-se um profundo amadurecimento no trabalho da artista. Afinal Gioconda, tal como Jesus Cristo, havia sofrido um AVC e por conseguinte todas as suas lágrimas, ranho e baba pendiam-lhe para a direita!

Quando for grande quero ser mãe.

Não se assustem, não levei uma estaladona de instinto maternal agora que fiz 26 anos de idade. Nem tão pouco tenho esse desejo para um futuro imediato. Não estou de todo preparada para arrumar as minhas botas de party girl, mas tenho notado em mim que esta coisa da maternidade já se faz anunciar.
Na verdade, nunca fui, nem nunca vou ser, daquelas mulheres que tomam de assalto qualquer carrinho de bébé que vêem a ser passeado na rua, que soltam gritinhos histéricos e falam com a criança numa língua estranha, enquanto fazem caretas e disparam "fofinhos", "bonitinhos" e outro -inhos para a mãe, gabando-lhe o rebento. Nunca fui particularmente dotada desse linguajar infantil e do tão afamado jeito-para-lidar-com-crianças, nem nunca o meu mundo estremeceu por avistar uma, mas confesso, ultimamente dou por mim a sorrir e a enternecer com as bochechas e as barriguinhas gordas dos bébés e com as vozes e risos das crianças e a sua insaciável curiosidade e aptidão para fazer asneiras. Sejam elas princesas ou marias-rapazes e eles reguilas ou pequenos homenzinhos. Adoro os espertalhões e despachados, adoro os destemidos, adoro quando estão desdentados e os que não são estragados com mimos.
Um dia vou querer um pequeno exército de crianças fofinhas, trincáveis, sorridentes e saltitantes! Um dia, quando for grande.

Casa dos Segredos - eu vi!

Eu não queria, mas não resisti. Ontem à noite, na hora de ligar a televisão, o meu fascínio pela decadência humana aliado ao meu gosto por lixo televisivo foram mais fortes e eu, impotente, deixei que o meu dedo deslizasse para o número quatro do comando... E meu Deus, como eu fiquei fascinada!
Tantos e tantos facepalms que dei a mim própria que julguei que hoje ia acordar com a testa pisada! Tantas vezes que mudei de canal por vergonha alheia e tantas vezes que me ri!
Aquilo é bom! A Teresa Guilherme ainda melhor! E a Cátia Mááárisa de S. Mamede de Infesta é top!

E não se armem em pseudo-intelectuais ou pseudo-culturais. Português que se preze gosta tanto destes programas como de um bom arraial ou do Marco Paulo. Cada um de nós tem um azeiteiro dentro de si, seja a abanar a anca a ouvir Emanuel, a ver reality shows ou a assistir aos jogos do Benfica! (Benzó Deus que me encaixo no segundo grupo! ...Vá, sob certas circunstâncias sociais, no primeiro também.)

Quem tramou a Mulher dos Apartes?

Anda aqui uma pessoa numa vida de sacrifícios e desconsolo, de sopinhas, frutinhas, saladinhas, pãezinhos integrais e outras merdas do género, em quantidades equiparáveis às de comida de periquito, para depois ver o seu Milka extra large de fim-de-semana a ser fodido e a diminuir de dia para dia por um rato denominado pai!
Pobrezinha de mim, que ontem suei as estopinhas a correr e estou toda partidinha e vou ter de me contentar com uma francesinha ou uma massa com atum no fim-de-semana, sem direito a Milka de sobremesa!

Coisas estranhas que me surgem assim de repente, como vontade de dançar

É estranho em mim, porque sou mais rapariga de tasco. Juntem amigos, cerveja e/ou um belo de um copo de vinho tinto e eu fico satisfeita da vida. Não é que não goste de dançar ou não seja irrepreensivelmente sexy quando o faço, porque gosto e sou, mas é essencial boa música e boa companhia.
Não sei se foi de fazer a pedicure e pintar as unhas de cor de mercuriocromo ao som do senhor infracitado ou se é do lixo televisivo que tenho andado a ver, Jersey Shore - um reality show sobre um grupo de jovens que passam a vida em bebedeiras, discotecas, a comerem-se uns aos outros e/ou a pessoas aleatórias das ditas discotecas e a serem parolos -, mas o que é certo é que tenho uma party girl aos berros dentro de mim, que tenho de soltar numa pista de dança qualquer.

Pequenas merdas sobre as quais me apetece queixar

Fui mordida novamente no pé por esses caralhos voadores (mosquitos). Várias vezes.

Fui mordida no calcanhar! E acreditem, consegue ser pior do que a planta do pé. ...Faz esquina! Não me ajeito a coçar ali!

Estou mais gorda. E triste que fico com isso, como mais para me confortar.

Desde que fiz o gelinho, as minhas unhas partem-se como ovos. Não consigo abrir o fecho das minha Pandoras, devido à sua condição! É uma calamidade!

A sério? Ainda Ronaldo?!

Há três ou quatro dias que ouço e leio notícias sobre a tristeza do Ronaldo.
Eu estou-me a marimbar para o facto de ele estar triste ou não e ter decidido partilhar o seu estado de espírito com a comunicação social, o que eu acho mesmo inacreditável é ouvir esta notícia e especulações sobre a dita tristeza no telejornal, desde há três dias! Mas está tudo louco?!

São os meujanos!

Parabenizem-me! Congratulem-me! Felicitem-me!
Dêem três vivas e mais não sei quantos urras! Rejubilem e rebolem de felicidade!
Estão perante o dia mais belo do ano, dia em que agraciei este mundo com a minha presença pela primeira vez!

26 and counting! 

Parabeniza-mos!

Só vim avisar que hoje é véspera do dia mais giro e sexy do ano, dia de mon anniversaire, por supuesto.

Todos são livres de me parabenizar (no dia 2) e contribuir para minha voyage-slash-tatouage (ainda não me decidi)!