Em primeiro lugar, assumo que sou fã da ziliãologia do James Bond. É blockbuster e não estou nem aí, meus queridos críticos de cinema de sofá! O 007 é o McDonald's do cinema. O que quer dizer que não passa de uma grande salgalhada falseada e bem distante da realidade, mas que nós adoramos porque tudo junto sabe bem e conforta-nos cá dentro.
Não é o meu preferido do Daniel Craig, esse continua a ser o Casino Royale, mas ainda assim é bem melhor do que o imperceptível Quantum of Solace.
O que irrita: a destruição absurda de metade de Londres, porque estourar com um ou dois Aston Martin já não era espectacular o suficiente e o flirt com toda e qualquer portadora de vagina que se lhe atravesse à frente. Para sorte dele, são todas boazonas. Para azar delas, todas são completamente desprovidas de personalidade e não há nem uma que lhe dê um bocadinho de luta e que não se deixe seduzir ao fim de meia dúzia de frases.
O estranho: ao fim de vinte filmes de 007, com dois M's masculinos e uma boa cota-parte com Judi Dench, na última aparição dela é que se lembram de apelidarem-na de "Mom"? Não percebi. Era suposto ser enternecedor? É que não soou bem. E depois de tanto nos vangloriarmos com um vilão português, esperava pelo menos uma referência a Portugal. Niente. Nem para amostra. Nem isso tem interesse nenhum para a história. Acho que foi uma jogada de marketing e que devem dizer o mesmo a toda a América latina. Nós é que como portuguesinhos adoramos que nos gabem e que nos encham o ego e caímos como patinhos.
O melhor: adorei o novo Q, o retorno da Moneypenny - apenas por relembrar os filmes antigos, porque a transição da personagem de agente para secretária é uma palhaçada - e o Daniel Craig, que continua a oferecer a todas mulheres uma quantidade absurda de músculos a quererem rasgar-lhe o fato. Aqueles músculos têm vida própria e gritam para serem mostrados! E nós agradecemos que o sejam! E muito!
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