quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pesadelo à la carte nº 4

Hoje sonhei que estava com o meu homem a trabalhar na Holanda. Estava a trabalhar, mas não sei em quê. E estava na Holanda, mas parecia estar numa Alemanha pós-guerra.
A certa altura, durante uma festa num bar com amigos, comecei a sentir uma sensação estranha no fundo da barriga. Estava realmente inquieta por não perceber porque me sentia tão diferente do normal e entre muitas idas à casa-de-banho, demasiadamente imunda e degradante para um bar tão chique e na qual estava o Adam Savage dos MythBusters em experiências loucas, sei lá eu porquê, fez-se luz e percebi. Estava grávida. Sentia-me grávida. E a comprovar estava aquela pequena saliência na minha barriga, em forma de pastilha, na linha da cueca!
Aquilo deve ter sido uma terrível notícia para mim, porque se já estava deprimida ainda mais fiquei. E ainda mais a depressão se agravava quando às vezes me esquecia (!) que estava grávida e bebia e fumava como se não houvesse amanhã, o que só parava quando me lembrava daquele ser dentro de mim e se abatia sobre mim uma enorme culpa e remorso.
Despedaçou-me o coração ter de contar a notícia à minha mãe por telefone - a Holanda, nos meus sonhos, deve ser ao lado do Japão, daí a impossibilidade de apanhar um voo low cost dessa terra tão longínqua para o meu país para dar uma notícia destas pessoalmente à minha mãe. E depois desse telefonema, o sonho terminou comigo e com o meu homem aos berros e a prometer porrada a umas pretas pindéricas que nos queriam roubar o lugar na fila para a cantina social.

Vivo, portanto, uma felicidade ininterrupta nestes meus sonhos...

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