domingo, 1 de julho de 2012

Sobre os maiores da nossa rua

Tenho algumas teorias sobre pessoas com traços de personalidade muito exagerados:

- Os que têm a puta da mania que são espertos: acham-se seres superiores ao comum mortal, muitíssimo mais inteligentes do que a maioria de nós, verdadeiros mentecaptos; apostam fortemente na cultura como arma de arremesso contra o povo acéfalo; são arrogantes, condescendentes e não há tema que não dominem: desde política a arte, passando pelo desporto, desconfio que até de técnicas de jardinagem eles percebam!

Teoria: Forma de compensação por falta de sexo, infância infeliz ou problemas mal resolvidos com os pais.


- Os que alegam ser "muito qualquer coisa": são os "muito sinceros", "muito honestos", "muito frontais", etc; na tentativa de provarem, a si mesmos e aos outros, o quão "muito" eles são, tornam-se inconvenientes e insurrectos, mas aquele traçozinho de personalidade é a jóia da coroa para eles. Motivo de orgulho e de gáudio, adoram espalhar a sua auto-proclamação como quem espalha a Despertai!

Teoria: Forma de compensação por serem fuckep up; pessoas confusas, que aspiram a uma personalidade forte e vincada. Caem em contradição que nem tordos.


- Os que têm a puta da mania que são os maiores: são tão bons, tão bons, tão bons que parecem acreditar que vivem uma super-vida, até um simples espirro tem quase sempre uma história inacreditável por trás; ruidosos e espalhafatosos, tudo gira à sua volta e adoram pôr-se a jeito para receberem elogios; desconfio que se jantassem com o Gandhi, Mozart, Van Gogh e Einstein, ainda assim eram eles as estrelas!

Teoria: Forma de compensação por uma auto-estima muito baixinha. A vida deles é uma merda e eles sabem-no.


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